No quinto dia da greve dos metroviários em São Paulo, o metrô funciona parcialmente. Das 61 estações administradas pelo governo, 32 funcionavam por volta das 10h30, além das seis estações da linha 4-amarela, operada pela iniciativa privada.
O secretário estadual de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, anunciou nesta manhã 61 demissões de metroviários grevistas. Segundo ele, "a greve deve acabar ainda esta noite".
Mais cedo, a Polícia Militar levou detidos 13 grevistas que faziam piquete na estação Ana Rosa. Segundo a polícia, eles poderão responder judicialmente por suspensão ou abandono coletivo de trabalho, provocando interrupção de obra ou serviço público de interesse coletivo.
No início da manhã, manifestantes bloquearam a rua Vergueiro com barreiras de fogo. A PM usou bombas de efeito moral e balas de borracha para conter o protesto.
Apesar de decisão da Justiça considerando a greve abusiva, os metroviários de SP decidiram em assembleia no domingo (8) continuar a greve iniciada na quinta-feira (5).
Neste domingo, os desembargadores do Tribunal Regional do Trabalho também determinaram que o reajuste salarial dos trabalhadores deverá ser de 8,7%, índice oferecido pelo Metrô, ante inflação de 5,81%. Os metroviários pediam 12,2%.
O último reajuste da categoria foi de 8% frente a um INPC de 7,2%, no ano passado. O piso atual é de R$ 1.323,55.
O TRT determinou ainda uma multa de R$ 500 mil para cada novo dia parado, e de R$ 100 mil para os quatro dias anteriores ao julgamento.
O Metrô conta com 9.475 funcionários, sendo 2/3 responsáveis diretos pela operação.
Fonte: Folha de São Paulo