Senadores comentaram, nesta quarta-feira (12), as manifestações que têm ocorrido em São Paulo e outras capitais contra o aumento das tarifas de transporte público. Aloysio Nunes (PSDB-SP) e Eduardo Suplicy (PT-SP) criticaram os atos de vandalismo praticados por parte dos manifestantes. Já o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) condenou a atuação da polícia na repressão aos protestos. Confira no Veja mais.
O Movimento Passe Livre (MPL), responsável pela organização dos protestos, anunciou um novo ato em São Paulo para esta quinta-feira (13), de acordo com matéria daAgência Brasil. O movimento informou, por meio de nota, que pediu uma audiência com o prefeito Fernando Haddad para negociar a reversão do reajuste de R$ 3 para R$ 3,20 na tarifa dos ônibus, que entrou em vigor na semana passada.
As passagens de trem e metrô também sofreram o mesmo reajuste, mas são de competência do governo estadual. “O MPL não é o dono das mobilizações contra o aumento. Esta é uma luta ampla e popular com uma reivindicação única, clara e simples: a redução da tarifa de ônibus de R$ 3,20 para R$ 3. É isto que exigem as pessoas que saem para protestar nas ruas”, diz o comunicado.
Pedras e lixeiras
Além do protesto da última terça-feira (11), o grupo organizou duas manifestações na semana passada, nas quais também ocorreram confrontos com a polícia. De acordo com a agência de notícias do Executivo, um grupo usou lixeiras e pedras para destruir as vidraças de uma agência bancária na Rua Tabatinguera, próxima à Praça da Sé. Na Rua Silveira Martins, o diretório do PT também foi apedrejado.
A fim de dispersar os manifestantes, depois do confronto no terminal de ônibus do Parque Dom Pedro, a Tropa de Choque da Polícia Militar (PM) usou bomba de efeito moral para dispersar os manifestantes. Com isso, grande parte dos participantes do ato seguiu para a Avenida Paulista.
Coquetéis molotov
De acordo com a Agência Brasil, a manifestação teve início, no fim da tarde, com uma concentração no fim da Avenida Paulista. Depois saiu em passeata pela Rua da Consolação. Em seguida, os participantes bloquearam completamente a Avenida Radial Leste, pegaram a Avenida Liberdade, passando pela Praça da Sé. Na Avenida Rangel Pestana, um pequeno grupo apedrejou e queimou um ônibus elétrico que estava estacionado.
Já no Parque Dom Pedro, eles foram impedidos pela polícia de entrar no terminal de ônibus.
“Nós montamos uma linha para proteger o terminal, e eles passaram agredir os policiais, jogando pedras, coquetel molotov, lixeira. Jogando tudo e partindo para cima dos policiais. Então, não houve outra saída a não ser dispersar o grupo”, disse o tenente-coronel Pignatari, que comandou o policiamento que acompanhou os manifestantes. “Eles queriam invadir o terminal e incendiar ônibus”, completou. Durante o tumulto, alguns passageiros desceram dos ônibus e correram assustados no meio da confusão. Pelo menos um manifestante foi preso.
Fonte: Agência Senado