26 de set. de 2012

Polícia encontra suposto estatuto do PCC que seria jogado em presídio


A Polícia Militar deteve duas pessoas na rodoviária de Presidente Prudente e apreendeu com elas oito celulares e uma folha com a relação dos aparelhos, além de cópias escritas à mão do que seria o estatuto do Primeiro Comando da Capital (PCC), uma facção criminosa que age dentro e fora dos presídios paulistas. Conforme a polícia, a suspeita é de que os itens seriam dispensados em alguma penitenciária da região.

De acordo com o delegado Arlindo Ribeiro de Sales, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Prudente, o documento foi escrito à mão em quatro folhas de caderno, em frente e verso. O conteúdo é composto por objetivo, lema e penalidades para quem infringir as "regras" da facção.

Ele ainda lista
alguns itens não permitidos pelo PCC e que constam no documento. “Não admite estupro, pedofilia, homossexualismo, mentira, covardia, opressão, inveja e outros atos que inferem o que seria a ética do crime”, narra o delegado.

Sales ressalta que as investigações da DIG irão apurar a origem do documento. “Como é escrito à mão, vamos investigar para saber a autoria de quem o escreveu. Um inquérito será aberto para apurar o caso”, ressalta.

Além do documento, os celulares apreendidos também serão investigados, mas de acordo com o delegado até o momento não foi encontrada nenhuma informação nos aparelhos. “Vou solicitar quebra de sigilo para descobrir a procedência dos telefones”, esclarece.

Detidos

A abordagem da Polícia Militar que acabou localizando o documento e os celulares ocorreu no final da noite de segunda-feira (24) e a ocorrência terminou de ser registrada já na madrugada de terça (25). Porém, apenas nesta quarta-feira (26) o boletim de ocorrência foi passado para a DIG, que assumiu o caso.

Na rodoviária de Prudente, uma jovem de 20 anos e um rapaz de 23 foram surpreendidos dentro de um ônibus com destino a Santo Anastácio. Ambos se encontraram no terminal. No entanto, o rapaz relatou apenas que teria adquirido os produtos na casa de uma tia, pois ela jogaria os aparelhos no lixo.

De acordo com o delegado, como não houve o flagrante da dispensa dos objetos em presídios, que é a suspeita da polícia do que seria feito, os dois foram ouvidos e serão averiguados em liberdade.

Fonte: Ifronteira