Para promotor, acusado desistiu de sala especial porque estratégia da defesa falhou
O advogado de Mizael Bispo de Souza, Samir Haddad Júnior, disse que seu cliente vai trabalhar na secretaria do presídio Romão Gomes, onde está detido desde que se entregou à Justiça na última sexta-feira (24). Segundo Haddad, o acusado de matar Mércia Nakashima desistiu de pleitear seu direito à Sala de Estado-Maior porque o local para onde seria levado, no Regimento de Cavalaria 9 de Julho, “não tem condições de um ser humano ficar”.
- Ele preferiu ficar no Romão Gomes por conta própria, mas não tem regalia nenhuma lá. Vai começar a trabalhar na secretaria, vendo processos e prontuários de outros detidos. Está tentando viver com dignidade.
Para o promotor do caso, Rodrigo Merli, o acusado desistiu do direto à Sala de Estado-Maior porque a estratégia de conseguir a prisão domiciliar não deu certo. Ele afirmou que as condições do Romão Gomes são mais vantajosas para Mizael do que a sala do Regimento da Cavalaria, mesmo com a ausência de grades.
- Quando viu que iria para a Cavalaria, tratou de desistir, pois prefere ficar no convívio com outros policiais presos do que ir para acomodações melhores, mas sem contato com ninguém, isolado, sem atividades e sob um regime de fiscalização mais rígido. Inclusive com o dever de bater continência todo dia para os coronéis e comandantes da Cavalaria.
A Justiça de São Paulo concedeu a Mizael, nesta terça-feira (28), o direito de ficar alojado em uma cela especial destinada a advogados - Sala de Estado-Maior. A lei prevê que o espaço que abrigar esses profissionais antes de ele ser condenado tenha “instalações e comodidades condignas, assim reconhecidas pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), e na sua falta, em prisão domiciliar”.A decisão de ficar no Romão Gomes foi tomada por Mizael nesta quarta-feira (29).
Fonte: R7 Notícias
