27 de ago. de 2013

Senador boliviano Roger Pinto suspende ida ao Senado

O senador boliviano Roger Molina Pinto não vai mais à Comissão de Relações Exteriores do Senado, onde estava previsto que desse uma entrevista na tarde desta terça-feira (27). O pedido da suspensão da ida ao Senado foi feito ao presidente da comissão,Ricardo Ferraço (PMDB-ES), pelo advogado do senador boliviano, Fernando Tibúrcio.

Roger Pinto, condenado pela Justiça boliviana, ficou mais de um ano asilado na embaixada brasileira em La Paz. No domingo, ele deixou a Bolívia em um carro oficial brasileiro e veio para Brasília, sem autorização do governo boliviano.
De acordo com a assessoria do senador Ferraço, o advogado Tibúrcio alegou que a decisão de suspender a entrevista de Roger Pinto foi tomada após os "desdobramentos do caso". Nesta segunda-feira, a vinda do senador boliviano ao Brasil custou o cargo do então ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota, que foi demitido do comando do ministério após reunião com a presidente Dilma Rousseff.
Ainda de acordo com a assessoria de Ferraço, o advogado de Roger Pinto afirmou que o momento é de "preservar" o senador boliviano.
Vinda para o Brasil
Na manhã de domingo, o Itamaraty anunciou abertura de inquérito para apurar as circunstâncias da vinda de Roger Pinto para o Brasil. O encarregado de negócios da embaixada brasileira em La Paz, o diplomata Eduardo Saboia, dmitiu ter organizado a operação que trouxe Molina para o Brasil em um carro oficial. "Tomei a decisão de conduzir essa operação, pois havia o risco iminente à vida e à dignidade do senador", disse.

O senador viajou 22 horas de La Paz a Corumbá (MS), onde na madrugada de domingo, pegou um jatinho junto com o senador  Ricardo Ferraço e desembarcou em Brasília.
Em junho deste ano, a Advocacia-Geral da União (AGU), a Procuradoria Geral da República (PGR) e o Itamaraty já tinham se posicionado contra ajuda ao senador boliviano Roger Pinto, que manifestava desejo de deixar a Bolívia rumo ao Brasil.




Fonte: G1