5 de mar. de 2013

Veja como foi o primeiro dia de julgamento do goleiro Bruno


Primeiro dia de júri: choro e Bíblia

No primeiro dia do júri popular do goleiro Bruno e de Dayanne Rodrigues, o atleta chorou, leu a Bíblia e, de cabeça baixa durante as quase oito horas de sessão, viu sua defesa dispensar todas as testemunhas que havia arrolado.


O corpo de jurados composto por cinco mulheres e dois homens também foi escolhido nesta segunda (4).
Testemunhas dispensadas e ausentes

Após o sorteio do júri, os advogados decidiram dispensar sete das 15 testemunhas (5 de acusação e 10 de defesa) inicialmente arroladas. A dispensa deve acelerar o julgamento, segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG), de cinco para três dias.

Considerado testemunha-chave no júri, o primo de Bruno, Jorge Luiz Rosa, não compareceu e também foi dispensado.

Com as dispensas e as ausências, Bruno ficou sem nenhuma testemunha de defesa. Para especialistas, trata-se de uma estratégia.


A expectativa é que quatro testemunhas sejam ouvidas no Fórum de Contagem durante o restante do julgamento. A outra foi ouvida por carta precatória, utilizada para depoimentos à distância.
Menor dizia a verdade, diz delegada

A única testemunha ouvida nesta segunda foi a delegada Ana Maria Santos, que atuou na investigação da morte de Eliza Samudio. Testemunha  arrolada pela Promotoria, ela disse à juíza Marixa Fabiane que a polícia ouviu todos os envolvidos que foram encontrados no sítio de Bruno em Esmeraldas (MG), onde Eliza teria sido mantida em cativeiro, e que o menor à época, Jorge Luiz Rosa, "dizia a verdade" quando acusou Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, de ter executado a jovem.

Segundo a delegada, as investigações levaram até a ex-mulher de Bruno, Dayanne Rodrigues, depois que policiais encontraram Bruninho [filho de Eliza com o goleiro] graças a denúncias anônimas sobre o espancamento de uma mulher e sua morte. Conforme depoimento da delegada, Dayanne deu o bebê para outro acusado, Wemerson Marques, o Coxinha.

Ana Maria Santos disse que foi até o centro de internação ouvir o então menor primo de Bruno sobre a morte de Eliza.

Segundo ela, o menor foi morar com Bruno e, um dia, afirmou ter ouvido uma conversa entre Macarrão e Eliza. Segundo a delegada, o menor afirmou que Eliza xingava o goleiro, dizia que estava com dificuldades financeiras para criar o filho e que o "Bruno estava se achando o Rogério Ceni".